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Temer será coordenador político da transição do governo


Ricardo Stuckert/PR/31.10.2010

O vice-presidente eleito Michel Temer, ao lado de Dilma e do presidente Lula na noite da eleição

Gabriel Mestieri, do R7, em Brasília

A assessoria da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) informou nesta terça-feira (2) que o peemedebista Michel Temer (vice-presidente eleito), também fará parte da coordenação política da equipe de transição do governo presidencial. Ontem, já haviam sido confirmados os nomes de José Eduardo Dutra (presidente do PT) e dos deputados petistas Antônio Palocci e José Eduardo Cardozo.

De acordo com a nota, Dilma encaminhou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma lista dos nomes que deverão integrar a "equipe técnica" de transição. Após a homologação da eleição, que deve ser feita pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) nos próximos dias, os nomes da equipe serão publicados no "Diário Oficial da União".

Ontem, Dutra e Palocci já haviam sido apontados pela imprensa como comandantes de transição. Hoje, além de oficializar esses dois nomes, Dilma divulgou ainda que Temer e Cardozo farão parte da coordenação do processo.

Durante a manhã e o início da tarde, ela participou de reunião com três desses quatro coordenadores - apenas Temer não estava presente -, em Brasília. Ainda não está prevista a reunião entre Dilma e o vice, que deve jantar hoje à noite com o presidente do PT.

Já Dilma deve conceder mais entrevistas a programas de TV pela noite. Amanhã, ela deve viajar para descansar por alguns dias.

Reuniões

Ainda não está prevista a reunião de Dilma com o vice. Já Dutra jantará com Temer na noite de hoje. Será o primeiro de uma série de encontros que o presidente do PT fará com partidos aliados para conversar sobre a composição do futuro governo. Dutra diz, porém, que nenhum nome será definido nessa fase.

- Minha intenção é que até a volta de Dilma eu já tenha conversado com todos os partidos para que eu possa apresentar pra ela um panorama geral de como os partidos estão vendo essa questão da composição. Estou conversando com os partidos para ouvir sugestões e ideias, sobre a composição do governo. Não haverá qualquer definição [de nomes de governo].

Dilma viaja amanhã para descansar por alguns dias. O local do repouso da presidente eleita é mantigo em segredo absoluto por seus assessores. Na volta dessa viagem, ela deverá fazer uma outra, dessa vez ao lado do presidente Lula, para países da África e da Ásia. O roteiro da viagem com Lula, entretanto, também ainda não está definido.

Papéis

Dutra afirmou ainda que haverá uma certa divisão de tarefas entre os coordenadores políticos da transição. Enquanto ele ficou responsável pelo contato com outros partidos, Palocci se centrará na "parte técnica" da transição. Temer, nas palavras do presidente do PT, fará uma espécie de coordenação da coordenação. O papel de José Eduardo Cardozo não foi especificado.

Disputa

O anúncio da participação de Temer deve acalmar peemedebistas que já haviam demonstrado insatisfação por terem sido excluídos da primeira reunião entre Dilma e seus coordenadores de campanha, realizada nesta segunda-feira (1º).

Ontem, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mandou um “recado” aos aliados, avisando que "eles não vão governar sozinhos".

Pouco preocupado, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, fez em entrevista uma cobrança: o PT quer negociar com um PMDB unido. A legenda "terá mais importância quanto mais se unificar como partido de centro".

Os dois episódios mostram que, nem bem terminou a apuração dos votos, já corre solta a disputa por espaço entre os dois partidos. Setores petistas já deixaram vazar que o presidente Lula gostaria que Guido Mantega fosse mantido na Fazenda. Admite-se que Henrique Meirelles (PMDB) pode ter um "lugar importante" no novo time, mas não se sabe onde.

Com informações da Agência Estado


Fonte: R7

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